Rendida homenagem aos sete Capacetes azuis nigerinos mortos

Abidjan – O governo da Côte D’ivoire e a ONU, redenderam quinta-feira, em Abidjan, uma solene homenagem aos sete Capecetes azuis nigerinos mortos a 18 de Junho, numa ataque no sudoeste ivoiriense, região fronteiriça com a Libéria, assolada por uma vaga de violência mortífera, noticiou à AFP.

O presidente da Côte D’ivoire Alassane Ouattara, o chefe das operações de manutenção de paz da ONU, Hervé Ladsous, o chefe da Operação das Nações Unidas na Côte D’ivoire (Onuci), Bert Koenders e o ministro nigerino do Ensino superior Youba Diallo, muito consternados, participaram da cerimónia na sede da Onuci, onde estavam expostas as urnas contendo os restos mortais desses soldados.

“O governo tomará todas as medidas para pôr termo as incitações dos autores e dos instigadores desses ataques, que condenamos com toda veemência”, afirmou o presidente Ouattara.

Por seu turno, Koenders, apelou a “fazer face aos inimigos da paz”, para “a realização duma Côte D’ivoire democrática, unida e estável”.

Os corpos dos sete soldados de paz chegaram, mais tarde, a uma base militar de Niamey, a bordo dum avião do exército do Níger, indicou uma testemunha. As suas exéquias fúnebres, devem realizar-se hoje (sexta-feira), no grande cemitério da capital nigerina, segundo os órgãos públicos locais.

Sete capacetes azuis nigerinos, dez civis e pelo menos um militar ivoiriense, foram mortos num ataque a 18 de Junho, contra as aldeias do sul da pequena cidade de Tai, próxima da fronteira liberiana. Trata-se, do mais grave ataque visando a Onuci, desde a sua chegada em 2004, na Cõte D’ivoire.

Essa zona, está assolada desde há um ano, por operações mortíferas, atribuidas num relatório recente da Ong Human Rights Watch (HRW), à forças fiéis ao ex-presidente Laurent Gbagbo, baseadas na Libéria e que recorrem ao recrutamento de crianças-soldados.

Os novos ataques de segunda e terça-feira, ocorridas na mesma região, mataram cinco civis e causaram quatro feridos, dos quais um soldado ivoiriense, segundo um balanço do Bureau das Nações Unidas para a coordenação dos Assuntos humanitários (Ocha).

Fonte: ANGOP

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