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Ataque fere seis boinas-azuis e um intérprete da ONU na RD Congo

Grupo que retornava de uma patrulha com outros 12 soldados de paz foi vítima de uma emboscada, na madrugada desta quarta-feira, na província de Kivu Norte.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.   

A Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo, Monusco, classificou de “covarde” um ataque a boinas-azuis no país.

Em nota, a Monusco informou que o atentado feriu seis militares e um intérprete que voltavam de uma patrulha com mais 12 soldados de paz perto de Buganza, na província de Kivu Norte.

Fogo Cruzado

Os boinas-azuis foram vítimas de uma emboscada na madrugada desta quarta-feira. A maioria das vítimas é do Batalhão da Índia. Eles haviam saído para uma operação onde encontraram os corpos de quatro civis.

O chefe da Missão da ONU no país africano, Roger Meece, disse que o ataque é “inadmissível”. Segundo ele, o atentado foi deliberado e premeditado.

Ele disse que a Monusco vai trabalhar com as autoridades congolesas para levar os responsáveis à justiça.

Em julho, um boina-azul da Índia foi assassinado na mesma província, após ser vítima de um fogo cruzado entre tropas do governo e rebeldes do grupo M23. O grupo é formado por soldados desertores e tem sido acusado de vários ataques na província.

Ainda nesta quarta-feira, o Secretário-Geral condenou um outro atentado a tropas de paz, emDarfur, no Sudão.

Em nota, Ban pediu uma investigação completa do crime. Segundo as Nações Unidas, homens armados atiraram contra uma patrulha, matando um soldado da África do Sul e ferindo mais três pessoas.

Desde 2008, 43 boinas-azuis foram mortos em atos de violência emDarfur.

Chefe de Operações de Paz da ONU visita República Democrática do Congo e propõe ‘força neutra’

Manutenção da Paz chefe Hervé Ladsous analisa uma guarda de honra da missão da ONU na República Democrática do Congo, a MONUSCO. UN Photo / Penangnini Toure

A proposta de uma força neutra para ajudar a conter a violência no leste da República Democrática do Congo (RDC) está sendo considerada pelo setor de operações de manutenção da paz das Nações Unidas, é o que garante o chefe do Departamento de Operações de Paz das Nações Unidas (DPKO) e Subsecretário-Geral da ONU, Hervé Ladsous, que está visitando a região africana dos Grandes Lagos.

O conceito de uma força internacional neutra ao longo da fronteira entre Ruanda e a República Democrática do Congo foi proposto por países dos Grandes Lagos em uma cúpula regional em julho, após meses de violência na RDC, devido a operações de grupos armados — em particular nas províncias do Kivu do Norte e Kivu do Sul.

“O conceito deve ser desenvolvido e mais detalhado, embora ainda dependa do Conselho de Segurança se expressar sobre sua aprovação e implementação”, afirmou Ladsous, em uma coletiva de imprensa na cidade de Goma, na província de Kivu do Norte, localizada no leste da RDC, na terça-feira (11).

A visita de Ladsous é parte da preparação para uma reunião de Alto Nível sobre a região que ocorrerá no dia 27, em Nova York, no âmbito da Assembleia Geral. Depois de passar pela RDC, o representante da ONU chegou à capital de Ruanda, Kigali, ontem (12), e hoje (13) continua rumo a Kampala, Uganda.

“A República Democrática do Congo tem certamente experimentado, nos últimos meses, uma situação extraordinariamente complexa e triste, marcada por muito sofrimento e deslocamento considerável da população, devido à violência, assassinatos, estupros e insegurança”, Ladsous relatou a jornalistas.

Ladsous complementou dizendo que a Missão de Estabilização da ONU na RDC (MONUSCO) adotou, nos últimos meses, uma estratégia robusta de apoio às forças armadas congolesas para tentar conter a violência e que as discussões com altos funcionários, incluindo o Presidente da RDC, Joseph Kabila, tiveram como objetivo identificar novas soluções adequadas.

Missão tenta salvar gorilas ameaçados em meio a conflito no Congo

Um grupo de patrulheiros no Congo se prepara para uma missão que tentará salvar famílias de gorilas que desapareceram após uma intensificação do conflito entre forças do governo e rebeldes no país.

O governo fez um acordo com o grupo rebelde M23, para permitir que os patrulheiros possam rastrear seis famílias de gorilas-de-montanha.

Os cerca de 200 mamíferos vivem no parque nacional de Virungo, localizado ao leste do país, e representam um quarto da população da espécie.

O diretor do parque, Emmanuel de Merode, comemorou a decisão: “Nós estamos satisfeitos e aliviados que todas as partes do conflito reconheceram a necessidade de proteger os únicos gorilas-de-montanha do Congo”.

Os combates na região se intensificaram em abril, quando a área de conservação fechou as portas ao público. Desde o dia 8 de maio, as equipes responsáveis por acompanhar os gorilas evacuaram a área, que sofreu com intensos conflitos de artilharia pesada e, até mesmo, helicópteros de combate.

“Os gorilas são muito espertos. Eles, sem dúvida, ao ouvir as explosões, se afastaram dos locais de conflito. O importante, agora, é localizá-los”, disse à BBC Brasil Lu Anne Cadd, assessora de imprensa do parque.

As famílias de gorilas-de-montanha não são vistos há mais de dez semanas.

Os patrulheiros do parque são, no momento, os únicos membros do governo autorizados a circular na região. Eles irão se dividir em sete grupos e trabalhar em conjunto com a população local para localizar os gorilas.

O trabalho, que estava marcado para ter início nesta semana, será de encontrar os gorilas, identificar cada um deles e checar sua situação de saúde, já que a espécie é muito vulnerável a doenças.

Ele vão ainda remover armadilhas e fazer rondas constantes para evitar a atuação de traficantes de animais. O trabalho é considerado de alto risco. Nos últimos 15 anos, 130 deles morreram em serviço.

Eles fazem a segurança do parque mais antigo da África. O parque nacional de Virunga tem 7.800 km² e é considerado patrimônio mundial da humanidade pela Unesco.

A República Democrática do Congo está em guerra civil há 12 anos e, desde o acirramento dos conflitos, mais de 200 mil pessoas foram desabrigadas.

Fonte:

 

 

 

ACNUR transfere centenas de congoleses diariamente para novo campo

O campo de Kigeme no distrito de Nyamagabe, região sul de Ruanda, estende-se a perder de vista. (ACNUR/ A.Bronee)

Um novo campo construído pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) em um terreno montanhoso no sul de Ruanda abriga quase 10 mil refugiados congoleses. Eles foram transferidos de um centro de trânsito lotado perto da fronteira de Ruanda com a República Democrática do Congo (RDC).

Outras 8.700 pessoas que estão no centro de trânsito Nkamira – a apenas 20 quilômetros da província congolesa de Kivu do Norte – esperam para serem levadas a Kigeme.

Desde o final de abril, quase 20 mil congoleses foram registrados em Nkamira tentando escapar da violência gerada por embates entre o governo da RDC e tropas rebeldes em Kivu do Norte. O fluxo de pessoas é constante.

A decisão de construir um novo campo para descongestionar o centro de trânsito em Nkamira foi tomada em maio pelo governo de Ruanda. A partir disso, as autoridades do distrito Nyamagabe e a comunidade local agiram rapidamente.

O plano do ACNUR era garantir que a maior parte do terreno montanhoso fosse aproveitada. O difícil trabalho preliminar foi feito em poucos dias por homens e mulheres equipados com enxadas e pás.

O esforço resultou na construção de 1.300 tendas familiares que abrigarão aproximadamente 6.500 pessoas. Quatorze grandes construções também serão destinadas a famílias, enquanto existem outros 631 abrigos feitos de madeira e barro. O primeiro comboio de refugiados chegou em 10 de junho.

O ACNUR e o governo de Ruanda são responsáveis pela coordenação da assistência emergencial em Kigeme. Parceiros e agências da ONU, como UNICEF, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa Alimentar Mundial (PMA), contribuem com água, saneamento, saúde e alimentação.

As instalações possuem banheiros para homens e mulheres e um pequeno posto de saúde criado por uma ONG parceira, a ‘African Humanitarian Action’. Os refugiados com condições médicas mais sérias são encaminhados ao hospital local, a poucos quilômetros do campo. Por meio de acordos, será possível matricular as crianças em escolas da região.

‘Vejo casas pequenas e rostos felizes’

Os olhos dos refugiados brilham ao chegar ao campo de Kigeme, depois de cinco horas viajando de ônibus. Nyirasafari, de 48 anos, saiu do ônibus com seu filho Benjamin, de 11 anos. “Vejo casas pequenas e rostos felizes”, disse ela, acrescentando: “Cheguei há poucos minutos, mas já posso dizer que aqui é melhor que no centro de trânsito em Nkamira. Lá não tínhamos onde dormir e ficávamos de fora”.

Com a pouca perspectiva de retorno ao leste da República Democrática do Congo, uma média de 500 pessoas estão sendo transportadas para Kigeme todos os dias. Antes deste influxo, 56 mil refugiados congoleses já viviam em três outros campos (Giheme, Kiziba e Nyabiheke) no entorno Ruanda. Alguns há quase duas décadas.

Caso a permanência no campo de Kigeme se prolongue, o ACNUR tomará medidas para inserir as crianças no sistema de ensino e promoverá programas de formação de adultos para que eles reconquistem seus meios de subsistência, o que também será importante para quando retornarem ao seu país.

Esta não é a primeira vez que Kigeme abriga refugiados. Até maio de 2009 a região acolhia nacionais do Burundi, quando encerrou-se o repatriamento voluntário deles. A vegetação voltou a crescer nas encostas do campo e o gado voltou a pastar. Com a montagem do novo campo, as barracas agora se estendem até onde a vista alcança.

(Por Anouck Bronée em Kigeme, Ruanda, para o ACNUR)

 

 

 

Tribunal Penal Internacional sentencia ex-senhor da guerra congolês a 14 anos de prisão

Thomas Lubanga Dyilo em sua primeira aparição ao TCP em março de 2006. (TCP/Hans Hordijk)
O Tribunal Penal Internacional (TPIcondenou hoje (10) Thomas Lubanga Dyilo, ex-senhor da guerra congolês, a 14 anos de prisão por seu envolvimento no recrutamento de crianças-soldado. Em março, o TPI já havia encontrado Lubanga culpado de recrutar e alistar menores de 15 anos nas Forças Patrióticas para a Libertação do Congo (FPLC), e usá-los nas hostilidades na região de Ituri, no leste da República Democrática do Congo, entre setembro de 2002 e agosto de 2003 quando era o comandante chefe do FPLC.

Na audiência pública do TPI, o Juiz Presidente da Câmara de Julgamento, Adrian Fulford, explicou que a Câmara considerou a gravidade dos crimes, a extensão do dano causado, e em particular “os danos causados às vítimas e suas famílias, a natureza do comportamento ilegal e os meios utilizados para executar o crime; o nível de participação da pessoa condenada; o grau de intenção; as circunstâncias, local, idade e as condições econômicas e sociais do condenado”.

O Juiz Fulford também destacou que os crimes pelos quais Lubanga foi condenado foram crimes graves que afetam a comunidade internacional como um todo, observando que a vulnerabilidade “das crianças significa que eles precisam ser objeto de proteção especial, que não se aplica à população em geral, conforme reconhecido em vários tratados internacionais.”

Estabelecido pelo Estatuto de Roma de 1998, o TPI pode julgar casos envolvendo indivíduos acusados de crimes de guerra cometidos desde julho de 2002. Os processos podem ser realizados somente a pedido do Conselho de Segurança das Nações Unidas, do Promotor do TPI ou de um Estado-Membro do Tribunal. O TPI só age quando os próprios países são relutantes ou incapazes de investigar ou processar determinado caso.

Fonte: ONU Brasil

Soldados congoleses e Capacetes azuis a caminho de Goma

Nova Iorque – As tropas congolesas e dos Capacetes caminham em direcção a Goma, no Leste da República Democrática do Congo (RDC), localidade colocada sob alta vigilância, receiando um ataque dos rebeldes que ganharam terreno nos últimos dias, na província do Kivu-Norte, anunciaram segunda-feira à noite, responsáveis das Nações Unidas, citadas pela Lusa.

O Conselho de segurança deve analisar hoje (terça-feira), a situação nesta província vizinha do Rwanda, país acusado de apoiar a rebelião, numa altura em que está prevista para quarta-feira, a realização em Addis Abeba, de uma reunião inter-ministerial dos países da região dos Grande Lagos, para tentar reduzir a tensão entre Kinshasa e Kigali.

As autoridades congolesas e as Nações Unidas, temem que os motins do Movimento de 23 de Março (M23), que haviam conquistado no final da semana passada, várias localidades e obrigaram as tropas governamentais a fugir, lancem uma ofensiva contra Goma, capital do Kivu-Norte, precisaram os responsáveis da ONU.

Entre sexta-feira e domingo, na província Kivu-Norte, os motins do M23 tomaram Bunagana, próximo do Uganda, após combates com o exército congolês, seguindo-se a uma meia dúzia de localidades, incluindo Rutshuru, desta vez sem resistência, tendo as forças governamentais sido “afastadas” antes da chegada dos rebeldes.

“Será um desastre se Goma for tomado”, advertiu um responsável da ONU que pediu o anonimato.

Para si, o governo congolês está a enviar no local um batalhão estacionado no norte do país e treinado por instrutores americanos. Este batalhão, encarregue de combater o Exército de Resistência do Senhor (LRA) que opera numa grande zona  doUganda, RDC, República Centro-Africana e Sudão do Sul, deve se juntar aos 7 mil militares já destacados no Kivu-Norte.

A Missão da ONU na RDC (Monusco), composta por 18 mil homens, vai por sua vez enviar para Goma tropas do Ghana, da Guatemala, da Jordânia e do Egipto, sob o comando do general britânico Adrian Foster.

O M23, é constituído por ex-combatentes da rebelião tutsi congolesa do Congresso Nacional para a Defesa do Povo (CNDP), integrados nas Forças armadas congolesas (FARDC), no quadro de um acordo de paz com Kinshasa assinado a 23 de Março de 2009.

Os motins, que exigem a plena aplicação destes acordos, começaram a desertar em Abril. No decurso das últimas duas semanas, Eles passaram de mil para dois mil combatentes.

Fonte: Angola Press

Filme: The Peacekeepers [DVD]

The Peacekeepers [DVD]

Dirigido por Paul Cowan – Estrelando Karen Feiertag
BFS Entertainment – Avaliação desconhecida – 83 min – Military & War

Director Paul Cowen traces the The United Nations Department of Peacekeeping’s efforts in preventing a Rwandan-style disaster in the Democratic Republic of Congo by shifting between the events unfolding at the United Nations headquarters in New York and the rising tensions in the DRC. Watch as the peacekeepers in the “Crisis Room” attempt to balance the risk of loss of life against the large amounts of financing required from skittish donor countries, and see the chaos that unfolds when northeast Congo erupts, threatening the future of the DNC, and the stability of central Africa. With memories of Rwanda hanging heavy in his head and the entire world spiraling into chaos, Secretary General Kofi Annan implores the General Assembly to act quickly, lest history condemn them for their inaction. ~ Jason Buchanan, Rovi

Líderes de milícias da RDC responsáveis por onda de violência devem ser responsabilizados, alerta ONU

Pessoas fogem dos conflitos na província de Kivu Norte rumo a Uganda (UNHCR/J. Akena)

A ONU expressou na quinta-feira (31/5) preocupação com o aumento significativo das atrocidades por parte de grupos armados no leste da República Democrática do Congo (RDC) – incluindo assassinatos, estupros, saques e incêndios de aldeias inteiras.

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, chamou para uma “ação urgente” por parte do Governo, de modo a impedir mais violência e garantir a justiça para as vítimas.

Funcionários de direitos humanos da ONU na RDC têm investigado inúmeros relatos desde o final de abril sobre assassinatos de civis por grupos armados nas províncias de Kivu do Norte, Kivu do Sul e Orientale, bem como suspeita de estupro em Masisi (Kivu do Norte) e Mambasa (Orientale).

Muitas das vítimas foram mortas a golpes de facões, martelos, machados, lanças ou armas. Houve também relatos de canibalismo e mutilação de corpos mortos por grupos armados.

O mais recente surto de violência no leste do país deslocou pelo menos 40 mil pessoas, afirmou a agência da ONU para refugiados (ACNUR), acrescentando que a distribuição de itens de ajuda humanitária devem começar em breve. Entre as pessoas afetadas, a maioria busca abrigo em escolas e igrejas.

Fonte: ONU Brasil

Congo: líder faz comício e pede saída de chefe de missão da ONU

O líder da oposição na República Democrática do Congo (RDC), Etienne Tshisekedi, pediu neste domingo ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que “retire imediatamente” o chefe da missão deste organismo, a quem acusou de ter “amizades” com o governo.

Durante uma coletiva de imprensa, Tshisekedi pediu a saída do chefe da missão da ONU, Roger Meece, e sua substituição por “uma pessoa mais imparcial e competente”. Afirmou que Meece já passou muito tempo na RDC (foi nomeado em 2006) e que “isso o impede de desempenhar seu papel de árbitro internacional”.

Tshisekedi é candidato do partido União pela Democracia e pelo Progresso Social (UDPS) nas eleições presidenciais que serão realizadas na segunda-feira. A Missão da ONU para a Estabilização da República Democrática do Congo (Monusco) foi instaurada em 2006 depois das eleições que foram disputadas neste ano, as últimas no país. Meece está à frente da Monusco desde então.

Veterano, Etienne Tshisekedi convocou neste domingo seus partidários a um ato de encerramento de campanha na capital da República Democrática do Congo, após os episódios de violência de sábado, informaram fontes de seu partido. Tshisekedi “quer organizar um comício no Estádio dos Mártires (o maior de Kinshasa) para recuperar o tempo perdido”, disse o secretário nacional do partido União pela Democracia e pelo Progresso Social (UDPS), Serge Mayamba.

A campanha para as eleições presidenciais e legislativas de segunda-feira deveria ter terminado no sábado à meia-noite, mas a polícia bloqueou Tshisekedi no aeroporto, forçando-o a cancelar seu último ato de campanha, depois de explosões de violência nas ruas que deixaram dois mortos.

Fonte:  Terra

ONU denuncia aumento de violência sexual no Congo

A ONU (Organização das Nações Unidas) alerta para o aumento das denúncias de casos de violência sexual em países que vivem situação de conflito, como o Congo e a Costa do Marfim, na África, e o Haiti, no Caribe. A representante especial da ONU na área de violência sexual em conflitos, Margot Wallström, apelou para que as autoridades públicas redobrem a atenção em torno das acusações.

Wallström disse que a violência sexual é usada como “arma tática de guerra” e que a impunidade “não pode mais ser tolerada”. “[Além do Congo] também estou preocupada com a violência no Haiti e na Costa do Marfim, com o uso da violência sexual como arma tática de guerra ou a fim
de espalhar o terror contra os opositores políticos é inaceitável”, disse ela.

Em seguida, a representante das Nações Unidas ressaltou que a impunidade para tais crimes não deve mais ser tolerada. “Vou continuar a acompanhar de perto a evolução dos casos nesses países.” As informações são da agência de notícias da ONU.

Em dezembro passado, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução autorizando a divulgação de uma lista precisamente sobre os grupos armados em atuação no mundo, que são suspeitos de cometer violência sexual. O objetivo, de acordo com o órgão, é aprovar sanções a esses grupos.

As denúncias mais recentes, enviadas à ONU, referem-se ao Congo. De acordo com Wallström, as autoridades do país devem investigar as violações registradas na província de South Kivu. “As autoridades devem fazer de tudo que estiver ao seu alcance para evitar os abusos de todos os tipos e assegurar que os responsáveis sejam levados à Justiça”, pediu ela.

Na semana passada, a organização não governamental Médicos Sem Fronteiras informou às Nações Unidas que homens armados, no Congo, estupraram mais de 30 mulheres na noite de Ano -Novo durante um ataque em Fizi City. Depois da denúncia, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no República Democrática do Congo (Monusco) criou um banco de dados.

Fonte: Diário do Grande ABC

http://www.dgabc.com.br/News/5850115/onu-denuncia-aumento-de-violencia-sexual-no-congo.aspx